395px

Paralelepípedos No Seu Céu, Rosario

Juan Carlos Baglietto

Adoquines En Tu Cielo, Rosario

Adoquines en tu cielo
Y un tranvia encallado en el río
El pasado congelado
En tu nombre de mujer
Rosario eres como una novia que uno tuvo
En un puerto donde quiso ser timonel

Emigrantes y emigrados
Polizones que en buzones muerden polvo
El futuro se te escurre
En las manos de tu ayer
Rosario tienes cuerpo de amante
Que uno siente que aun goza
Aunque tema envejecer

En tu costa de sirenas
Los ulises confundidos piden aire
Tu presente saqueado pide pan para crecer
Rosario te haz vestido de madre
Que cocina lo que queda
Para no desfallecer
Rosario vas a ser esa hembra
Que no hay macho que domine
Con un palo ni con dos

Rosario
Eres como esas potras
Que se amansan cuando sienten
Que las tratan con amor
Adoquines en tu cielo
Adoquines en tu cielo

Paralelepípedos No Seu Céu, Rosario

Paralelepípedos no seu céu
E um bondinho encalhado no rio
O passado congelado
No seu nome de mulher
Rosario, você é como uma namorada que a gente teve
Em um porto onde quis ser timoneiro

Emigrantes e emigrados
Fugitivos que em caixas de correio mordem poeira
O futuro escorrega
Nas mãos do seu ontem
Rosario, você tem corpo de amante
Que a gente sente que ainda goza
Embora tema envelhecer

Na sua costa de sereias
Os Ulisses confusos pedem ar
Seu presente saqueado pede pão pra crescer
Rosario, você se vestiu de mãe
Que cozinha o que sobra
Pra não desfalecer
Rosario, você vai ser essa mulher
Que nenhum macho domina
Com um pau nem com dois

Rosario
Você é como aquelas éguas
Que se acalmam quando sentem
Que são tratadas com amor
Paralelepípedos no seu céu
Paralelepípedos no seu céu

Composição: Mezo Bigarrena