Amarras (part. Héctor Maure)
Vago como sombra atormentada
Bajo el gris de la recova
Me contemplo
Y no soy nada
Soy como mi lancha carbonera
Que ha quedado recalada
Vive atada a la ribera
Yo también atado a mi pasado
Soy un barco
Que está anclado
Y siento en mi carne
Sus amarras
Que me muerde
Que me agarra
Lloro aquellos días
Que jamás han de volver
Busco aquellos besos
Que jamás he de tener
Soy como mi lancha carbonera
Que ha quedado en la ribera
No parte más
Aquellos besos que perdí
Al presentir
Que no me amabas
Fueron tormenta de dolor
Llena de horror
Hoy no soy nada
Yo solo sé que pene
Que caí y que rodé
Al abismo del fracaso
Yo solo sé que tu adiós
En la burla del dolor
Me acompaña
Paso a paso
Ahora que sé
Que no vendrás
Vago sin fin
Por la recova
Busco valor
Para partir
Para alejarme
Y así olvidando
Mi obsesión
Lejos de ti
Poder morir
Amarras (part. Héctor Maure)
Vago como sombra atormentada
Sob o cinza da galeria
Me contemplo
E não sou nada
Sou como meu barco carbonero
Que ficou ancorado
Vive amarrado à margem
Também estou preso ao meu passado
Sou um barco
Que está ancorado
E sinto em minha carne
Suas amarras
Que me mordem
Que me seguram
Choro aqueles dias
Que jamais voltarão
Busco aqueles beijos
Que jamais terei
Sou como meu barco carbonero
Que ficou na margem
Não parte mais
Aqueles beijos que perdi
Ao pressentir
Que não me amavas
Foram tormenta de dor
Cheia de horror
Hoje não sou nada
Só sei que sofri
Que caí e que rolei
Ao abismo do fracasso
Só sei que sua despedida
Na zombaria da dor
Me acompanha
Passo a passo
Agora que sei
Que não virá
Vago sem fim
Pela galeria
Busco coragem
Para partir
Para me afastar
E assim esquecendo
Minha obsessão
Longe de ti
Poder morrer
Composição: CARMELO SANTIAGO