El Penado Catorce (part. Alberto Echagüe)

O Condenado Catorze (part. Alberto Echagüe)

El Penado Catorce (part. Alberto Echagüe)

Em uma cela escuraEn una celda oscura
Do presídio distanteDel presidio lejano
O condenado catorzeEl penado catorce
Sua vida terminouSu vida termino

Dizem os companheirosDicen los compañeros
Que o pobre prisioneiroQue el pobre presidiario
Morreu fazendo um gestoMurió haciendo seña
E ninguém entendeuY nadie lo entendió

Em uma noite friaEn una noche fría
O preso deliravaEl preso deliraba
Sua expressão tão estranhaSu mueca tan extraña
Deu muito o que pensarDio mucho que pensar

E, no entanto, ninguémY, sin embargo, nadie
Dos tantos guardasDe tantos carceleros
Se aproximou da celaSe acerco a la celda
Do que não pôde falarDel que no pudo hablar

Deixou uma carta escritaDejó una carta escrita
Com frases tão dolorosasCon frases tan dolientes
Que a um velho prisioneiroQue a un viejo presidiario
Ao lê-la se comoveuAl leerla conmovió
Ao mesmo presídioAl mismo presidida
Com alma tenebrosaCon alma tenebrosa
Que em toda sua existênciaQue en toda su existencia
Amor nunca sentiuAmor nunca sintió

Na carta diziaEn la carta decía
Peço ao juiz de plantãoRuego al juez en turno
Que tragam minha mãeQue traigan a mi madre
Peço por favorLes pido por favor
Pois antes de morrerPues antes de morirme
Eu quero dar um beijoYo quiero darle un beso
Na testa enrugadaEn la arrugada frente
Do meu primeiro amorDe mi primer amor

E na cela sombriaY en la celda sombría
Do distante presídioDel lejano presidio
Sua vida miserávelSu vida miserable
O condenado entregouEl penado entrego
Sua última lembrançaSu último recuerdo
Foi o nome da mãeFue el nombre de la madre
E seu tom tão tristeY su acento tan triste
O vento levouEl viento lo llevo