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O Menino (part. Armando Laborde)

Juan D'arienzo

El Purrete (part. Armando Laborde)

No sé crea que es novela
Ni que charlo estando en copas
Es un drama en carne propia
El que va a escuchar usted

No quisiera recordarlo
Pero siento que en mis venas
Corre un odio que me quema
No me puedo contener

Yo le pido me perdoné
Si me nota algo violento
No es a ella la que siento
Ni al cobarde amigo aquel

Es al pibe mi purrete
Que pa' siempre irá marcado
Por su madre ha manchado
Su inocencia y mi querer

No quiero que venga
No toque al purrete
Ni que me la nombren
Total para que

Por ella mi pibe
Enfermó de tristeza
Y yo entre rejas
Y a raya empinche

Cuántas noches en mi celda
Por no llorar me hacía el fuerte
Y el retrato del purrete
Me arrancaba un lagrimón

Aguanté diez años presos
Pa' abrazar al purretito
Debe estar hecho un mocito
Todo un hombre, como yo

Recita
Con que gusto a los dos juntos
Los hubiera amasijado
Pero si ella se ha salvado
Solo fue por compasión
Cuando vi llorando al pibe
Y al gritar dándome un beso
A mamá no le hagas eso
Y ese llanto me frenó

Canta
Aquel día cayó el otro
Lo pagué por mal amigo
Con diez años de presidio
Precio de su vida ruin

Que le dé gracias al pibe
Que si no de buena ganas
Otros diez años de cana
Con que gusto iría a cumplir

O Menino (part. Armando Laborde)

Não pense que é uma novela
Nem que eu falo estando bêbado
É um drama vivido
Aquele que você vai ouvir

Não gostaria de lembrar
Mas sinto que em minhas veias
Corre um ódio que me queima
Não consigo me conter

Peço que me perdoe
Se percebe algo violento em mim
Não é a ela que sinto
Nem ao covarde amigo

É ao menino, meu garoto
Que para sempre estará marcado
Por sua mãe ter manchado
Sua inocência e meu amor

Não quero que venha
Não toque no menino
Não me falem dela
Para quê

Por causa dela, meu garoto
Adoeceu de tristeza
E eu atrás das grades
E controlando a situação

Quantas noites na minha cela
Para não chorar, eu me fazia de forte
E a foto do menino
Arrancava de mim uma lágrima

Aguentei dez anos na prisão
Para abraçar o garotinho
Deve estar um rapaz
Todo um homem, como eu

Recita
Com que prazer teria matado os dois juntos
Mas se ela se salvou
Foi apenas por compaixão
Quando vi o menino chorando
E ao gritar me dando um beijo
'Não faça isso com a mamãe'
E esse choro me deteve

Canta
Naquele dia o outro caiu
Paguei por ser um mau amigo
Com dez anos de prisão
Preço de sua vida miserável

Que agradeça ao menino
Pois se não fosse por ele
Outros dez anos na cadeia
Com prazer eu iria cumprir

Composição: Raúl Hormaza