Naci En Pompeya (part. Alberto Echagüe)
En cuna de barro
Se hamaco mí infancia
Con noches de plata
Y luz de arrabal
Mi canto de cuna
Fue canto de sapos
Nací como el ave
Sabiendo cantar
Mi madre fue parda
De nombre milonga
Y en los tamboriles
Aprendí a soñar
Mi padre fue un guapo
Clavel en la oreja
De aquel Buenos Aires
De trenza y percal
Soy varón
Porque soy tango
Y me han visto lagrimear
No es de flojo ni cobarde
Es que soy sentimental
Soy varón nací en Pompeya
Tengo voz de bandoneon
Canto alegrías y penas
Que salen del corazón
Con un organito
Moliendo mis quejas
Camino del centro
Luciendo un clavel
Dejaba colgado
Cómo en pentagramas
La queja de un tango
Cantando un querer
Nasci Em Pompeia (part. Alberto Echagüe)
Em berço de barro
Balouçou minha infância
Com noites de prata
E luz de arrabal
Meu canto de ninar
Foi canto de sapos
Nasci como o pássaro
Sabendo cantar
Minha mãe era morena
De nome milonga
E nos tambores
Aprendi a sonhar
Meu pai era um valente
Cravo na orelha
Daquele Buenos Aires
De trança e percal
Sou homem
Porque sou tango
E me viram lacrimejar
Não é por ser fraco ou covarde
É que sou sentimental
Sou homem, nasci em Pompeia
Tenho voz de bandoneón
Canto alegrias e tristezas
Que saem do coração
Com um organito
Moendo minhas queixas
Caminhava para o centro
Exibindo um cravo
Deixava pendurado
Como em pautas
A queixa de um tango
Cantando um querer