395px

Sem Confusão (part. Alberto Echagüe)

Juan D'arienzo

Sin Balurdo (part. Alberto Echagüe)

No sobro ni me agrando
Con ninguno
Y no aguanto que me pisen
Porque nunca fui felpudo

Soy vivo
Pero nunca demasiado
Porque más de un avivado
Se manejó frente a un chabón

Me gusta
Caña fuerte y mujer suave
Y la suerte como venga
Porque nunca
Marco el naipe

Y siempre está sobrandome
Una hombrada
Pa' quebrarme las agallas
Si lo pide la ocasión

Yo sé de muchos que chillan
Cuando no están en el toco
Y son los mismos que callan
Cuando hay que dar la mitad

Y sé de muchos callados
Que deschavaron muy pronto
Y sé de algunos con labia
Que se olvidaron de hablar

Me fui quedando en las varas
Pudiendo ser cadenero
Y en vez de ganar con trampa
Palme a suerte y verdad

Y aunque la vida falluta
Me basureo por derecho
Al fin me gusta la mala
Cuando la buena es pifiar

Yo soy así nomás
De punta y hacha
Porque aguanto como venga
Y que hacer la pata ancha

La vida como a grela rechiflada
No hay manera de domarla
Más que a punta de rigor

No voy con acomodos ni ventajas
Soy muy lerdo en el provecho
Y ligero en las gauchadas
Y sé pedir perdón si me equivoco
Aunque sea con un coso
Propiamente gilastrun

Sem Confusão (part. Alberto Echagüe)

Não sobro nem me agrado
Com ninguém
E não aguento que me pisem
Porque nunca fui peludo

Sou esperto
Mas nunca demais
Porque mais de um espertalhão
Se virou diante de um cara

Gosto
De cachaça forte e mulher suave
E a sorte como vier
Porque nunca
Marco o naipe

E sempre me sobra
Uma atitude macha
Para quebrar minhas entranhas
Se a ocasião pedir

Eu sei de muitos que reclamam
Quando não estão no jogo
E são os mesmos que se calam
Quando é preciso dar metade

E sei de muitos calados
Que entregaram muito cedo
E sei de alguns com lábia
Que se esqueceram de falar

Fui ficando para trás
Podendo ser segurança
E em vez de ganhar com trapaça
Joguei na sorte e na verdade

E mesmo que a vida falhe
Me humilho com direito
No fim, gosto do errado
Quando o certo é falhar

Eu sou assim mesmo
De ponta e faca
Porque aguento como vier
E sei fazer vista grossa

A vida como uma grela enlouquecida
Não há maneira de domá-la
A não ser na base da rigidez

Não vou com acomodações ou vantagens
Sou muito lento no proveito
E ágil nas boas ações
E sei pedir perdão se errar
Mesmo que seja com um negócio
Realmente bobo

Composição: Carlos Bahr