395px

Armadilha (part. Armando Laborde)

Juan D'arienzo

Trampa (part. Armando Laborde)

El pucho borró el silbido
Se me cruzó el mostrador
Y el naipe me dio su libro
Cuando alargue el pantalón

Tanteando con mano larga
La baraja acaricié
Y luego de mesa en mesa
Mi vida de hombre empecé

En largas contras y esperas
La suerte se me negó
Mi mano se hizo ligera
El azar me lo hice yo

Gane con trampa y ventajas
Mis vicios de jugador
Detrás de cada baraja
Dejé retazos de honor

Cope mí resto a un cariño
Jugando a suerte y verdad
Deje tallar al destino
Que en amor no hay que trapear

Cambio la suerte mis rayas
No me valió la intención
El triunfo que yo buscaba
Pintó lindo y se corto

En copas busque el olvido
El oro me las negó
La espada mostró su filo
Y el basto me prontuario

Perdí mi mano de seda
El naipe se despintó
Entonces supe entre rejas
Que el azar se desquitó

Armadilha (part. Armando Laborde)

O cigarro apagou o assobio
Atravessei o balcão
E o naipe me deu seu livro
Quando alonguei a calça

Tateando com a mão comprida
Acariciei o baralho
E depois de mesa em mesa
Minha vida de homem começou

Em longas contras e esperas
A sorte me negou
Minha mão se tornou ligeira
O acaso eu mesmo fiz

Ganhei com trapaça e vantagens
Meus vícios de jogador
Atrás de cada baralho
Deixei pedaços de honra

Copei meu resto a um carinho
Jogando à sorte e verdade
Deixei o destino talhar
Que no amor não se deve trapacear

A sorte mudou minhas listras
Não valeu minha intenção
O triunfo que eu buscava
Pintou bonito e se cortou

Em copas busquei o esquecimento
O ouro me negou
A espada mostrou seu fio
E o bastão meu prontuário

Perdi minha mão de seda
O naipe desbotou
Então soube entre grades
Que o acaso se vingou

Composição: Carlos Bahr