Onde nosso azul está
Na infinita estação do azul
Quatro olhos alinhados, com nada obstruindo sua visão
O asfalto ecoando as cigarras cantando
Tornava o seu silêncio inaudível
Esses dias irão desaparecer
Mesmo que eu tenha aceitado seu cheiro ser diferente do meu
Nas profundezas de uma eternidade deixada para trás
Mesmo agora o azul ainda vive
Mesmo agora o azul ainda é vívido
Nenhuma oração, nenhuma palavra
Podia te alcançar, por mais que se aproximassem de você
Da mesma cor de um amor silencioso
Ou como se fosse o verão rolando pelas minhas bochechas
Eu ainda tenho uma ofensa contra você presa na minha garganta
Nós ainda nos veremos de novo, não é? É o que diz a voz sufocada
Como grãos de estrelas em uma galáxia em infinita expansão
Escapando por entre os meus dedos