Milonga Del 900

Me gusta lo desparejo
Y no voy por la vereda;
Uso fungi a lo maxera,
Calzo bota militar.
La quise porque la quise
Y por eso ando penando;
Se me fue ya ni se cuando,
Ni se cuando volvera.

Me la nombran las guitarras
Cuando dicen su canción,
Las callecitas del barrio
Y el filo de mi facon.
Me la nombran las estrellas
Y el viento del arrabal;
No se pa' que me la nombran
Si no la puedo olvidar.

Soy desconfiao en amores,
Y soy confiao en el juego;
Donde me invitan me quedo
Y donde sobro también.
Soy del partido de todos
Y con todos me la entiendo
Pero vayanlo sabiendo:
Soy hombre de leandro alem.

No me gusta el empedrao
Ni me doy con lo moderno;
Descanso cuando ando enfermo,
Y dispues que me he sanao.
La quiero porque la quiero
Y por eso la perdono;
No hay cosa peor que un encono
Para vivir amargao...

Milonga Del 900

Eu gosto da desigual
E eu estou na calçada;
Maxera utilizar fungos,
Bota Chock.
Eu a amava, porque eu queria
E por isso estou de luto;
Eu fui e não era quando,
Nem quando voltar.

I nome dele as guitarras
Quando eles dizem que sua canção,
As ruas do bairro
E a borda do meu facon.
I nome dele as estrelas
E o vento do subúrbio;
No pa 'eu nomeá-lo
Se eu não posso esquecer.

Desconfiao estou apaixonado,
E eu estou confiao no jogo;
Eu ficar onde sou convidado
E onde Sobro também.
Eu sou tudo o Partido
E com todo o meu entender
Mas saber vayanlo:
Eu sou um homem de Alem Leandro.

Eu não gosto de empedrao
Nem eu ver com o moderno;
Durma quando estou doente
E eu tenho arranjado sanao.
Eu a amo porque eu a amo
E assim perdoar;
Não há nada pior do que um rancor
Para viver amargao ...

Composição: Homero Manzi / Sebastián Piana