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Mariano

Keen Robert Earl

Mariano

The man outside he works for me, his name is Mariano
He cuts and trims the grass for me he makes the flowers bloom
He says that he comes from a place not far from Guanajuato
Thats two days on a bus from here, a lifetime from this room.

I fix his meals and talk to him in my old broken spanish
He points at things and tells me names of things I can't recall
Sometimes I just can't but help but wonder who this man is
And if when he is gone will he'll remember me at all

I watch him close he works just like a piston in an engine
He only stops to take a drink and smoke a cigarette
When the day is ended, I look outside my window
There on the horizon, Mariano's silhouette

He sits upon a stone in a south-easterly direction
I know my charts I know that he is thinking of his home
I've never been the sort to say I'm in to intuition
But I swear I see the faces of the ones he calls his own

Their skin is brown as potters clay, their eyes void of expression
Their hair is black as widow's dreams, their dreams are all but gone
They're ancient as a vision of a sacrificial virgin
Innocent as crying from a baby being born

They hover around a dying flame and pray for his protection
Their prayers are all but answered by his letters in the mail
He sends them colored figures that he cuts from strips of paper
And all his weekly wages, saving nothing for himself

It's been a while since I have seen the face of Mariano
The border guards they came one day and took him far away
I hope that he is safe down there at home in Guanajuato
I worry though I read there's revolution every day

Mariano

O homem lá fora trabalha pra mim, o nome dele é Mariano
Ele corta e aparar a grama pra mim, faz as flores florescerem
Ele diz que vem de um lugar não muito longe de Guanajuato
São dois dias de ônibus daqui, uma vida longe deste quarto.

Eu preparo as refeições e falo com ele no meu espanhol quebrado
Ele aponta as coisas e me diz os nomes de coisas que não consigo lembrar
Às vezes não consigo evitar e fico me perguntando quem é esse homem
E se quando ele for embora, ele vai se lembrar de mim de alguma forma

Eu o observo de perto, ele trabalha como um pistão em um motor
Ele só para pra beber água e fumar um cigarro
Quando o dia acaba, eu olho pela minha janela
Lá no horizonte, a silhueta de Mariano

Ele se senta em uma pedra na direção sudeste
Eu conheço meus mapas, sei que ele está pensando em sua casa
Nunca fui do tipo que acredita em intuição
Mas juro que vejo os rostos dos que ele chama de seus

A pele deles é marrom como argila de oleiro, os olhos sem expressão
O cabelo é negro como os sonhos de uma viúva, os sonhos estão quase todos perdidos
Eles são antigos como a visão de uma virgem sacrificial
Inocentes como o choro de um bebê que está nascendo

Eles pairam em volta de uma chama moribunda e rezam por sua proteção
As orações deles são quase todas respondidas pelas cartas que ele manda
Ele envia figuras coloridas que ele recorta de tiras de papel
E todo o seu salário semanal, não guardando nada pra si

Faz um tempo que não vejo o rosto de Mariano
Os guardas da fronteira vieram um dia e o levaram pra longe
Espero que ele esteja seguro lá em casa, em Guanajuato
Mas me preocupo, pois leio que há revolução todo dia.

Composição: