La Rata

El río, la rata,
Por mi madre que hoy
Me saco to' las garrapatas.

Respira profundo,
Que no te importe la cloaca.
Este mundo es perfecto
Da, da, dale...
Pataitas a la lata
Si no lo haces tú
Dime quién te ata.

Pa' fuera los colores,
La corbata.
Quejarte y hozica'
No te sirve de na'.

Como sucedáneos,
En el ultramarino.
A este mundo vinimos,
Si, pero ¿qué hicimos?

Lo mediocre justifica
A lo divino.
Y que le digo yo a la abuela,
Que cerraron ya las escuelas.

Monto un caballo sin espuelas,
Él me deja que lo monte,
Porque lo trato bien.

Hace rato ya,
Que desaparecieron los modales.
Los modelos a seguir,
Son cuatro subnormales.

Y todavía somos hermanos.
No voy a llora',
Porque así no se consigue na'.
Y yo soy caprichosa,
Quiero llegar a mi choza,
Y tener agua (agua).

¿Cual es tu guerra?
Si te mueres, te entierran.
La nana que yo canto,
Me lo inspira la niebla,
Sobre la tierra.

Que me corten la cabeza,
Si no me funciona.
¿Cuántas te quedan?
Di... ¿ocho neuronas?
Plasma, benz, hilfiger
Y otros antojos.
Ya os veo ya,
Convertidos en rastrojos.
Pingajos con esos despojos,
Sobre los hombros.
Hombres y mujeres,
Equivocados.
Comiendo la ración entera,
De un bocado.
Bajo el sol somos lo mismo.

Y si no nos desnudamos,
Y si no bailamos,
Y si no comemos,
Y si no reímos,
Y si no follamos,
Y si no cagamos.
¿En qué nos diferenciamos?
¿En qué nos parecemos?
¿Por qué nos matamos?

¿Por qué tiene sed?
¿Por qué?
Si tenemos agua,
No se la damos.
Son solo niños,
El presidente cabrón,
Esta ahí,
¿Por qué lo votamos?

Abro la ventana,
Siento el aire moviendo mis ramas.
Mundo mío estas tocandome la membrana.
¿Qué se vendió más barato el jako o la manzana?

Cualquiera puede amarme,
Cualquiera matarme,
Cualquiera sentenciarme,
¿Pero quién me libera?

No existe enfermedad certera.
Todo esto es puro cuento.

A Rata

O rio, a rata
É por minha mãe que hoje
Tiro de mim todos os carrapatos

Respire fundo
Que não te importe a sarjeta
Este mundo é perfeito
Dê, dê, dê
Batatinhas para a lata
Se não você mesmo
Me diz quem te amarra

Para fora as cores
A gravata
Reclamar e bisbilhotar
Não adianta nada pra você

Como substitutos
No ultramarino
A este mundo viemos
Sim, mas o que fizemos?

O medíocre justifica
Ao divino
E o que eu digo para a vovó?
Que fecharam as escolas?

Monto um cavalo sem esporas
Ele me deixa montá-lo
Porque eu o trato bem

Já faz tempo
Que desapareceram as boas maneiras
Os modelos a seguir
São quatro retardados

E ainda somos irmãos
Eu não vou chorar
Porque assim não se consegue nada
E eu sou caprichosa
Quero chegar no meu barraco
E ter água (água)

Qual é a sua guerra?
Se você morrer, te enterram
A cantiga que eu canto
Me inspira a névoa
Sobre a terra

Que me cortem a cabeça
Se ela não funcionar pra mim
Quantos restam em você?
Diz, oito neurônios?
Plasma, Benz, Hilfiger
E outros desejos
Já os vejo
Transformados em palha
Farrapos com esses restos
Nos ombros
Homens e mulheres
Enganados
Comendo a porção toda
Com uma mordida
Sob o sol somos os mesmos

E se não ficamos pelados
E se não dançamos
E se não comemos
E se não rimos
E se não transamos
E se não cagamos
Em que nos diferenciamos?
Em que nos parecemos?
Por que nos matamos?

Por que está com sede?
Por quê?
Se temos água
Não damos água a eles
Eles são apenas crianças
O presidente desgraçado
Está lá
Por que votamos nele?

Abro a janela
Eu sinto o ar movendo meus galhos
Meu mundo está tocando a membrana
O que se vendeu mais barato, o Jako ou a maçã?

Qualquer um pode me amar
Qualquer um pode me matar
Qualquer um pode me sentenciar
Mas quem me liberta?

Não existe doença precisa
Isso tudo é baboseira

Composição: