Querida Libertad
He dejado con manchurrones, mierda, polvo y lamparones
El mantel de mi manjar
¡Qué zorrera que hay dentro de esta escombrera!
Dame fuego, compañera, que no tengo pa' fumar
Cabalgante, como el pecho de un hidalgo
Cuando creo que me salgo y no valgo para na'
Si me atizan mis rodillas de ceniza
Si mi alma se descuartiza, no me deja respirar
¿Qué será de ti, de mí, si caen las hojas de un otoño?
De madera de caoba, de las cuerdas que me atoran
Es mi triste cigarral, que decía
Niño, qué puta es la vida, bésame mientras me olvidas
Yo te intentaré olvidar
¿Qué será de ti, de mí, si caen las hojas de un enero?
Y Libertad, querida Libertad, aquí está el escrito
De aquel niño chico que quiso tintar de azabache sus pulmones
Y Libertad, querida, ¿dónde estás?
Aquí la escritura
Con la envergadura de mi caminar que amasija mis renglones
Querida Liberdade
Deixei com manchas, merda, pó e marcas
A toalha do meu banquete
Que bagunça é essa dentro dessa lixeira!
Me dá fogo, parceira, que não tenho pra fumar
Cavalgando, como o peito de um nobre
Quando acho que vou sair e não sirvo pra nada
Se minhas joelhos são batidos de cinzas
Se minha alma se despedaça, não me deixa respirar
O que será de você, de mim, se caem as folhas de um outono?
De madeira de mogno, das cordas que me prendem
É meu triste cigarro, que dizia
Menino, que vida filha da puta, me beija enquanto me esquece
Eu vou tentar te esquecer
O que será de você, de mim, se caem as folhas de um janeiro?
E Liberdade, querida Liberdade, aqui está o escrito
Desse menino que quis tingir de carvão seus pulmões
E Liberdade, querida, onde você está?
Aqui a escrita
Com a envergadura do meu andar que amassa meus versos