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O Pagamento de Um

Luis Soza

El Pago de Uno

Si alguna vez me fui, pueblo querido
Huérfano me sentí sin tu cobijo
En otros rumbos grité que era tu hijo
Y en otros patios canté que eras mi nido

Fui polvo de tu calle, al Sol fundido
Fue tu cencerro matinal mi rumbo fijo
Fue tu greda de barranca el amasijo
Que moldeó mi corazón amanecido

Y así el viento me anotició tu primavera
Y la vuelta, carne de mi espera
Hasta que pude llegar, siempre a tu puerta

Ah, esa calle larga, mi regazo
Y el olor inconfundible de tu abrazo
Como el alma de una madre siempre abierta

Y así el viento me anotició tu primavera
Y la vuelta, carne de mi espera
Hasta que pude llegar, siempre a tu puerta

O Pagamento de Um

Se alguma vez parti, querida cidade
Me senti órfão sem o seu abrigo
Em outros caminhos gritei que era seu filho
E em outros pátios cantei que você era meu ninho

Fui pó de sua rua, fundido ao sol
Seu sino matinal foi meu rumo certo
Sua argila de barranco foi a massa
Que moldou meu coração amanhecido

E assim o vento me anunciou sua primavera
E a volta, carne da minha espera
Até que pude chegar, sempre à sua porta

Ah, essa rua longa, meu regaço
E o cheiro inconfundível do seu abraço
Como a alma de uma mãe sempre aberta

E assim o vento me anunciou sua primavera
E a volta, carne da minha espera
Até que pude chegar, sempre à sua porta

Composição: Marino Fabianesi - Luis Carlos Soza