395px

Missionário

Luiz Carlos Borges

Misionera

Yo, por la noche negra de tus cabellos,
Tú, encendiendo estrellas para alumbrar.
Yo, a buscar la llave de tus secretos,
Tú, ocultando el rastro de tu mirar.

A qué rincón la vida llevó tus pasos
Flor de misiones que me ha mandado dios.
Como entender que un día, estando en mis brazos,
Con luz de sol me sonrió,
Y dijo adiós con un río
En la voz.

Y es ese amor que me tiene así
Peregrino en busca de tu querer,
Y en el rocío lloró por ti
Un clavel del aire al amanecer.

Linda misionera con voz de río,
Flor que en la frontera de la pasión
Me entibió la boca y dejó este frío
Que anidó por siempre en mi corazón.

Por dónde andarás, por dónde andaré,
¿dónde está el amor que juré por ti?
Quién te amará como yo te amé,
Lejos de tu amor ¿cómo iré a vivir?

Sangra del barrancal tierra colorada,
Arde en la sal del rostro el sol que se va,
Yo, caminante triste por las quebradas,
Solo a seguir mi rumbo de soledad.

Loco por no olvidar tu mirar salvaje,
Ciego al ver que tu imagen ya no es verdad,
Sin comprender que cruzas por el paisaje
Cual flor del camalotal,
Que es linda, pero de nadie será.

Missionário

I, na noite escura de seu cabelo,
Você, iluminação estrela para iluminar.
Acho que a chave para os seus segredos,
Você, escondendo os vestígios de seu olhar.

Uma vida que canto levou os seus passos
Flor das missões que Deus ordenou-me.
Como entender um dia, estar em meus braços,
Com sol sorriu,
Ele disse adeus a um rio
Na voz.

E é esse amor para mim e
Peregrino em busca de seu amor,
E o orvalho chorou por você
Um cravo ar de madrugada.

Linda voz missionário do rio,
Border flor da paixão
I aquecida a boca e deixou no frio
Isso aninhado em meu coração para sempre.

Onde irás, para onde vou,
Onde está o amor que jurei pra você?
Quem vai te amar como eu te amei,
Longe de seu amor como eu vou viver?

Barrancal sangra, terra vermelha,
Queimadura no rosto de sal ao sol para ser,
I, Walker pena do partido,
Só para seguir o meu caminho de solidão.

Louco por não esquecer o seu olhar selvagem,
Cego para ver que sua imagem não é mais verdade,
Sem entender que atravessa a paisagem
Que flor camalotal,
Isso é bonito, mas ninguém o fará.

Composição: Luiz Carlos Borges / Mauro Ferreira