Dias passam, meio sem sentido
Soprando o som de uma flauta amarga
E no silêncio de tom indefinido
A lembrança, da estreita porta larga
Pesada, passada, até mesmo desafinada
Em meus ouvidos, aquela mesma canção
Com versos que não me dizem nada
Como antes, faço aquela velha oração
Olho para o alto, ao redor a escuridão
E palavras certas me soam tão erradas
O dia agora é noite, a certeza, confusão
Espinhos ferem minh'alma cansada
A Tua voz queria tanto ouvir
Nessa tempestade tão silenciosa
O frio queima e me faz sentir
Como a dor é tão poderosa
Me tira daqui, meu Pai
Me livra dessa espera sem fim
Me mostra um caminho, me diz: Vai
Diz que ainda se lembra de mim
Me tira daqui, meu Pai
Me livra dessa espera sem fim
Me mostra um caminho, me diz: Vai
Diz que ainda se lembra de mim
Será que minha voz vai além desse teto frio?
E minha dor chega diante de Ti?
O que encherá meu coração vazio?
Será que ao Teu lado voltarei a sorrir?
Me tira daqui, meu Pai
Me livra dessa espera sem fim
Me mostra um caminho, me diz: Vai
Diz que ainda se lembra de mim
Me tira daqui, meu Pai
Me livra dessa espera sem fim
Me mostra um caminho, me diz: Vai
Diz que ainda se lembra de mim