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A Terra Sangrenta

Manegarm

Det Sargade Landet

under en blodrod himmel
pa ett berg bortom skog,
spejar hoken over vidderna
vaksamt och stilla.

trummor hors i fjarran
som ekon av en forgangen tid,
da elden harjade i skogar och hem,
da ljuset forpestade varat liv

fagelsangen har tystnat,
backen star nastan stilla,
hoken hojer sina vingar,
dagen gar mot sitt slut.

korp och hok cirklar tillsammans,
an en gang enade i skyn,
ulv, manniska och troll,
skarvor av ett annat liv.

stalkladda hovar trampar i vantan,
sparkar upp grus och damm.
for alltid, for evigt
deras dag har tvinat till stoft.

i morka vindars skepnad,
som ett svart regn faller,
vater vi deras kroppar,
dranker dem i morkrets namn.

under en blodrod mane,
pa berg bortom skog,
ljuset har nu tvinat,
morkret tar antligen vid.

med ansiktet i ett vridet grin,
som ljusets bane fardas vi.
stridsropen ekar i skogar och berg,
stalets sang dranker blodig jord...

A Terra Sangrenta

sob um céu avermelhado
em uma montanha além da floresta,
o gavião observa as vastidões
atento e em silêncio.

tambores soam ao longe
como ecos de um tempo passado,
quando o fogo devastava florestas e lares,
quando a luz envenenava nossa vida.

o canto dos pássaros silenciou,
a colina está quase parada,
o gavião ergue suas asas,
o dia caminha para seu fim.

corvo e gavião circulam juntos,
uma vez unidos no céu,
lobo, humano e troll,
fragmentos de outra vida.

cascos pesados pisam na espera,
levantando poeira e areia.
para sempre, eternamente
aquele dia se transformou em pó.

na forma de ventos sombrios,
como uma chuva negra que cai,
mergulhamos seus corpos,
drenando-os em nome da escuridão.

sob uma lua avermelhada,
em montanhas além da floresta,
a luz agora se desfez,
a escuridão finalmente toma conta.

com o rosto em um sorriso distorcido,
como os arautos da luz, nós marchamos.
os gritos de guerra ecoam em florestas e montanhas,
a canção do aço banha a terra ensanguentada...

Composição: