Tomei o trem dos condenados
Que sempre partiu bastante adiantado
Quase uma vida inteira na frente
Do tem dos comportados

Tomei o trem dos esquecidos
Pela sorte grande nunca alcançada
Mas que nunca dançaram
Conforme a música dos aplausos

Lá fora o luar continua
E as pessoas também continuam
Esperando a morte das coisas
Só pra poder toca-las sem medo

Enquanto canta o mestre do vagão
Joaquim de Sousândrade
Ali adiante da escuridão
Tomei o trem dos condenados

Que corre sempre e sempre a toda hora
Por dentro do túnel do tempo
E nos subterrâneos da história
Em direção ao futuro vou indo

Nesse trem que avança ligeiro e bem certo
Sem chegar á nenhum estação de rádio
Sem fazer nenhuma parada de sucesso

Composição: Marcus Vinícius