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O Jornal Não Falava de Você

María Jiménez

El Diario No Hablaba de Ti

Hoy dice el periódico que ha muerto una mujer que conocí
Que ha perdido en su campo el atleti
Y que ha amanecido nevando en parís.

Que han pillado un alijo de coca,
Que a piscis y acuarios les toca el vinagre y la hiel.

Que aprobó el parlamento europeo una ley a favor de abolir el deseo
Que falló la vacuna anti sida,
Que un golpe de estado ha triunfado en la luna y movidas así.

Pero nada decía la prensa de hoy de esta sucia pasión, de este lunes marrón
Del obsceno sabor a cubata de ron de tu piel,
Del olor a colonia barata del amanecer.

Hoy amor, como siempre
El diario no hablaba de ti, el diario no hablaba de ti, el diario no hablaba de ti, ni de mí.
Hoy amor, igual que ayer, como siempre
El diario no hablaba de ti, el diario no hablaba de ti, el diario no hablaba de ti, ni de mí.

Hoy dijo la radio que han hallado muerto al niño que yo fui
Que han pagado un pasote de pelas por una acuarela falsa de dalí.

Que ha caído la bolsa en el cielo,
Que siguen las putas en huelga de celo en moscú.
Que subió la marea, que fusilan mañana a jesús de judea,
Que creció el agujero de ozono,
Que el hombre de hoy es el padre del mono del año 2000.

Pero nada decía el programa de hoy de este eclipse de mar,
De este salto mortal,
De tu voz tiritando en la cinta del contestador,
De las manchas que deja el olvido a través del colchón
Hoy amor, como siempre
El diario no hablaba de ti, el diario no hablaba de ti, el diario no hablaba de ti, ni de mí.
Hoy amor, como siempre
El diario no hablaba de ti, el diario no hablaba de ti, el diario no hablaba de ti, ni de mí.
Hoy amor, igual que ayer, como siempre
El diario no hablaba de ti, el diario no hablaba de ti, el diario no hablaba de ti, ni de mí.
Hoy amor, igual que ayer, como siempre
El diario no hablaba de ti, el diario no hablaba de ti, el diario no hablaba de ti, ni de mí.

O Jornal Não Falava de Você

Hoje o jornal diz que morreu uma mulher que eu conheci
Que o atleta perdeu no seu campo
E que amanheceu nevando em Paris.

Que pegaram um carregamento de coca,
Que a peixes e aquários toca o vinagre e a fel.

Que o parlamento europeu aprovou uma lei a favor de abolir o desejo
Que a vacina contra a AIDS falhou,
Que um golpe de estado triunfou na lua e coisas assim.

Mas nada dizia a imprensa de hoje sobre essa paixão suja, sobre essa segunda-feira marrom
Do sabor obsceno de um cubata de rum na sua pele,
Do cheiro de colônia barata do amanhecer.

Hoje amor, como sempre
O jornal não falava de você, o jornal não falava de você, o jornal não falava de você, nem de mim.
Hoje amor, igual a ontem, como sempre
O jornal não falava de você, o jornal não falava de você, o jornal não falava de você, nem de mim.

Hoje a rádio disse que encontraram morto o menino que eu fui
Que pagaram uma grana absurda por uma aquarela falsa do Dalí.

Que a bolsa caiu no céu,
Que as prostitutas continuam em greve de ciúmes em Moscou.
Que a maré subiu, que amanhã fuzilam Jesus da Judeia,
Que cresceu o buraco na camada de ozônio,
Que o homem de hoje é o pai do macaco do ano 2000.

Mas nada dizia o programa de hoje sobre esse eclipse do mar,
Sobre esse salto mortal,
Sobre sua voz tremendo na fita da secretária eletrônica,
Sobre as manchas que o esquecimento deixa pelo colchão.
Hoje amor, como sempre
O jornal não falava de você, o jornal não falava de você, o jornal não falava de você, nem de mim.
Hoje amor, como sempre
O jornal não falava de você, o jornal não falava de você, o jornal não falava de você, nem de mim.
Hoje amor, igual a ontem, como sempre
O jornal não falava de você, o jornal não falava de você, o jornal não falava de você, nem de mim.
Hoje amor, igual a ontem, como sempre
O jornal não falava de você, o jornal não falava de você, o jornal não falava de você, nem de mim.

Composição: Joaquín Sabina