São astros luzentes, são lindas estrelas
Os anjos formosos de minha Bahia!
Se os olhos se quebram, meu Deus, que ternura!
Tão vivos fascinam, qual astro do dia!

São risos, são flores, caídas do céu
Em lábios formados de fino coral
Que enfeitam a lira de nossos poetas
Que ornam seus cantos com voz divinal

Quem é que escutando seus cantos melífluos
Não julgue expandir-se não um céu de prazer!
Com temos arroubos da voz Argentina
Os anjos baianos nos fazem morrer!

São meigos nos gestos, nas falas, sonoros!
Exprimem no todo, ternuras a mil!
A fina cintura se agita em volúpias
Aos lindos requebros do anjo gentil

Se o negro das tranças, esparsas no colo
Exalta dos jambos o mimo da cor
Se rosas se abrem em campo de jaspe
As minhas patrícias são anjos de amor!

Composição: Autor Desconhecido