Eu ando sozinho por ruas escuras e avenidas barulhentas
O contraste do dia-a-dia serve como alimento
Para minha alma cansada e triste
Por viver em um lugar onde não existe felicidade

Faróis abrem e fecham com as suas luzes ofuscantes
Para os carros que não passam, uma cena entediante
Eu te falei que tinha medo, muito medo de viver - e não de morrer
E o motivo dessa paranóia eu continuo sem saber

Se eu parar… Eu posso até me acostumar
Se eu fingir… Eu posso até me acomodar
O que me impede então
De sair dessa solidão?

Se eu ando sozinho é porque quero, porque gosto, estou bem assim
Se eu choro sozinho, eu não me importo, era pra ser assim
Um cara triste, solitário, isso eu sempre fui
Mas com um sorriso do outro lado, só para fingir que sou feliz

Faróis abrem e fecham com as suas luzes ofuscantes
Para os carros estacionados, uma cena entediante
Eu te falei que tinha medo, muito medo de viver - e não de morrer
E o motivo dessa paranóia eu continuo sem saber

Se eu parar… Eu posso até me acostumar
Se eu fingir… Eu posso até me acomodar
O que me impede então
De sair dessa solidão?

Eu que me ajoelho e choro agora, isso eu sei fazer
Minhas mãos estendidas procuram por você
Que me ignora e vai embora pra lugar nenhum
Eu te falei que tinha medo de ser só mais um

Se eu parar… Eu posso até me acostumar
Se eu fingir… Eu posso até me acomodar
O que me impede então
De sair dessa solidão para lugar nenhum?

Composição: Murilo Muraah