Fui na rua pra brigar, procurar o que fazer
Fui na rua cheirar cola, arrumar o que comer
Fui na rua jogar bola, ver os carros correr
Tomar banho de canal quando a maré encher

Quando a maré encher, quando a maré encher
Vou tomar banho de canal quando a maré encher

Quando a maré encher, quando a maré encher
Vou tomar banho de canal quando a maré encher

É pedra que apóia a tábua, e madeira que apóia a telha
Saco plástico prego, papelão
Amarra corda, cava buraco
Barraco: Moradia popular em propagação

Cachorro, gato, galinha, e bicho de pé
E a população real convive em harmonia normal
Faz parte do dia dia banheiro, cama, cozinha no chão
Esperança, fé em Deus, o resto é ilusão

Quando a maré encher, quando a maré encher
Tomar banho de canal quando a maré encher

Quando a maré encher, quando a maré encher
Vou tomar banho de canal quando a maré encher

Fui na rua pra brincar, procurar o que fazer
Fui na rua cheirar cola, arrumar o que comer
Fui na rua jogar bola, ver os carros correr
Tomar banho de canal quando a maré encher

Quando a maré encher, quando a maré encher
Vou tomar banho de canal quando a maré encher

Quando a maré encher, quando a maré encher
Vou tomar banho de canal quando a maré encher

Quando a maré encher, quando a maré encher

Composição: Bernardo Vieira / Fábio Trummer / Rogério Homem