Opara, paraíso
Te olhar me acalma a alma
Doce água, equilíbrio
Um colírio pro colapso dos meus olhos vãos

Nos dará leve alívio
Para essa maldição
Nos dará um alvitre
Pra parar a rendição

Não tardará, já passarão
E passeará, como esta canção
Serpenteará onde hoje não
Levando pra longe
Tudo o que não é são

Levantar bem cedo
Levantar-se a tempo
Segurar bem firme as mãos

Derrubar muralhas
Recusar migalhas
Ter alguém pra dividir o pão

Oh, rio-mar!
Clara água
Que sustenta, que restaura
Doce água, mata sede e a fome de viver

Eu bebi, e fiquei
Nunca mais quero voltar
Eu bebi, e te dei
Foi pra te trazer pra cá

Enxaguar a roupa
Lavar o meu corpo
E te preparar o pão
E nas nossas batalhas
As nossas muralhas
É certo: Fortificarão

Não passará, nem passarão
Passearemos, como esta canção
Serpenteará onde hoje não
Levando pra longe
Tudo o que não é são

Opará
Paraíso
Opará não parará
Opará
Equilíbrio
No opará vou morar

Composição: Nanda Rocha