Le seuil ardent

O Limite Ardente

Le seuil ardent

Chama vacilante, o ser corre para sua noiteFlamme vacillante, l'être court à sa nuit
O abismo profundo submerge meu corpoL'abîme profond submerge mon corps
Desta borda, tantas angústias murcharam meu poderDe ce bord, tant d'angoisses ont fané mon pouvoir
Quebrando a visão de novas margensBrisant la vue des nouveau rivages

Amarras à minha chama e meu vooEntraves à ma flamme et mon vol
As brumas encobrem, encobrem meu caminhoLes brumes voilent, voilent ma voie

Abismo sem glória, deus dos sem-visãoAbîme sans gloire, dieu des sans-visions
Diante da sua fronteira eles se prostramDevant ta frontière ils se prosternent
Quando eu clamo pelo crescimento do que eu perceboQuand je réclame la croissance de ce que je discerne

Renascendo além deste abismo inerte...Renaître au-delà de ce gouffre inerte...
Desapareça! Fantasma de um possível conteúdoDisparais! Fantôme d'un possible contenu
Surge! Experiência do inalcançável fingidoSurgis! Expérience du feint inaccessible
Entre essas paredes estreitas, o libertado não age maisEntre ces murs étroits, l'affranchi n'agit plus
Mas sofre o peso de sua perdaMais souffre le poids de sa perte
Sonhando com as alegrias do ainda imperceptívelSongeant aux joies de l'encor imperceptible

O absoluto que me oprime deve ser superadoL'absolu qui m'accable doit être révolu
A colheita fértil brilha além da saídaLa moisson fertile brille au-delà de l'issue

A embriaguez dispersa as esferas onde sua verdade resideL'ivresse disperse les sphères où leur vérité réside
Uma realidade fechada não é nada além da máscara do vazioUne réalité close n'est que le masque du vide

Chama vacilante, o ser inteiro finalmente despertaFlamme vacillante, l'être entier s'éveille enfin
Constantemente ameaçado pelo que o contémSans cesse menacé par ce qui le contient