Eu já tinha prometido
Nunca mais me intrometer
Em peleia de fandango
No galpão do CTG
Mas dessa vez apartei
Um reboliço danado
Entre a mulher do patrão
E a noiva do delegado

(E a gaita véia)
(Num bugio grosso)
(E dê-lhe osso)
(Era um gritedo)
(Larga, larga, cabeluda)
(Sai daqui, mondongo azedo)
(De envergonhar papagaio)
(Criado no chinaredo)
(No CTG se pagava pra ver)
(Toda aquela folia)
(Deixe que ronque a gaita)
(Que isso é briga de bugia)

O motivo era vulgar
Havia macho no meio
E não seria o patrão
Que era um índio muito feio
Nem tampouco o delegado
Merecedor de respeito
Mas que em termos de mulher
Não levava muito jeito

(E a gaita véia)
(Num bugio grosso)
(E dê-lhe osso)
(Era um gritedo)
(Larga, larga, cabeluda)
(Sai daqui, mondongo azedo)
(De envergonhar papagaio)
(Criado no chinaredo)
(No CTG se pagava pra ver)
(Toda aquela folia)
(Deixe que ronque a gaita)
(Que isso é briga de bugia)

No calor do bate-boca
Um dedo duro surgiu
O gaiteiro era o motivo
Do rolo do mulherio
Por isso roncava a gaita
Bem alto pelo salão
Com medo do delegado
E do mango do patrão

(E a gaita véia)
(Num bugio grosso)
(E dê-lhe osso)
(Era um gritedo)
(Larga, larga, cabeluda)
(Sai daqui, mondongo azedo)
(De envergonhar papagaio)
(Criado no chinaredo)
(No CTG se pagava pra ver)
(Toda aquela folia)
(Deixe que ronque a gaita)
(Que isso é briga de bugia)

Composição: Elton Saldanha / Jorge Costa Melo