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O Velhinho Caveira (part. Luis Tolosa)

Osmar Maderna

El Viejito Calavera (part. Luis Tolosa)

Ya te pasaste de largo
El corso de los sesenta
Y si el recuerdo es amargo
No está mal sacar la cuenta

Ya no te da la osamenta
Te da más para un velorio
Calmate don Juan tenorio
Que ya no sos un muchacho
Ni aguantan como el quebracho
Tus huesos de vejestorio

Que no te agarre la noche
Si hay humedad o neblina
O porque volves en un coche
Con dolores en la espina

Hasta tu nieto adivina
Que sos un viejo bichoco
Y el pibe que entiende poco
Cuando la abuela te grita
Se ríe mientras palpita
Que vos andás medio loco

Ya tus caderas no aguantan
Los bulines y las milongas
Y las muchachas se espantan
Cuando bailas una conga

El costillar te rezonga
Como pidiendo permiso
Y casi rompes el piso
Aquella noche de duelo
Cuando cayeron al suelo
Tus veinte dientes postizos

Anda acostarte, las cosas
Ya no parecen divinas
Pedís a gritos
Ventosa, te dé tilo
Y aspirinas

La abuela
Que aguanta y trina
Te pone bolsas calientes
Y cuando al fin de repente
Dormis tu sueño bendito
La vieja muy despacito
Te deja un beso en la frente

O Velhinho Caveira (part. Luis Tolosa)

Já passou da hora
O carnaval dos sessenta
E se a lembrança é amarga
Não tá mal fazer a conta

Já não aguenta a estrutura
Te dá mais pra um velório
Calma aí, seu João Tenório
Que já não é mais um garoto
Nem aguenta como o quebracho
Teus ossos de velho

Que a noite não te pegue
Se tiver umidade ou neblina
Ou porque volta de carro
Com dores na coluna

Até teu neto adivinha
Que você é um velho doido
E o moleque que entende pouco
Quando a avó te grita
Ri enquanto palpita
Que você tá meio maluco

Já teus quadris não aguentam
Os bailes e as milongas
E as garotas se assustam
Quando você dança uma conga

A costela te resmunga
Como pedindo licença
E quase quebra o piso
Naquela noite de luto
Quando caíram no chão
Teus vinte dentes postiços

Vai se deitar, as coisas
Já não parecem tão divinas
Pede aos gritos
Ventosa, pra te dar tilo
E aspirinas

A vovó
Que aguenta e grita
Te coloca bolsas quentes
E quando ao fim de repente
Você dorme seu sono bendito
A velha bem devagar
Te deixa um beijo na testa

Composição: Luis Rubinstein