Sinto vontade de gritar, como se eu pudesse, sem os ouvidos ferir.
Vontade de partir, como, se eu soubesse, se tivesse sequer onde ir.
De ir, de sair, as asas domando as forças do vento e pronto!
Pronto a enfrentar o infinito, tão distante, tão próximo, a teu encontro!
Refrão
Somos escravos das recordações!
Somos escravos das recordações!
Somos escravos das recordações!

Como explicar a força, que nos anima, nos faz seguir adiante,
quando, em verdade, temos consciência do ontem, presente,
em visões, reais como o zunir do vento em nossos ouvidos.

Refrão
Somos escravos das recordações!
Somos escravos das recordações!
Somos escravos das recordações!

Escravos das recordações, peças pregadas em nossos sentidos,
a reviver, sempre e sempre, calafrios, tão reais quanto o agora,
sentimentos tão ciosamente guardados, ecos saudosos de outrora.

Refrão
Somos escravos das recordações!
Somos escravos das recordações!
Somos escravos das recordações!

Composição: Gabriel Sá