Feridas nos pés dos mendigos (não têm cura meu amor)

O tempo é curto amor
Deixemos pra trás tudo aquilo
Que são só mágoas e desamor
Feridas nos pés dos mendigos,
Feridas nos pés dos mendigos não têm cura
meu amor.

Não podemos mais ficar
Com nossas bocas secas e nossas mãos vazias.
Então me acenda um calmante e vamos para
a beira do rio
Espantar os males, saciar o cio
Não temos tempo a perder...

Uma luz brilhou pra mim
No escuro do meu quarto
Ao meio dia eu não entendia nada
Alguma coisa ficou no ar
Como uma voz que dizia:
- Vai ser gauche na vida, vai ser louco varrido, a vida inteira!

Composição: João Augusto Machado