Uwolnij
zanurzam się
w lepką słodycz naszych ciał
już brak mi tchu
powietrze tak nieznośnie drga
odchylam głowę i tonę, a ty pytasz mnie
czy kiedy wyjdę stąd zadzwonię jeszcze
uwolnij mnie
noc kończy się
a z nią odchodzę ja
wiem brak ci słów
ja nie słucham już
mam serce z lodu
o trzeciej rano śpiące ciała już okrywa świt
pod obcym domem stoję sama senna
na dworze pusto tak i ciemno, nie wiem dokąd iść
tam kiedyś był mój dom lecz już go nie ma
uwolnij mnie...
Libere-me
mergulho em
na doçura pegajosa dos nossos corpos
já me falta o ar
o ar vibra insuportavelmente
inclino a cabeça e afundo, e você me pergunta
se quando eu sair daqui eu vou ligar de novo
libere-me
a noite está acabando
e eu estou indo embora com ela
sei que te faltam palavras
não estou mais ouvindo
meu coração é de gelo
às três da manhã os corpos adormecidos já são cobertos pela luz da manhã
em frente a uma casa estranha, estou sozinha e sonolenta
lá fora está vazio e escuro, não sei para onde ir
ali costumava ser minha casa, mas ela já não existe mais
libere-me...