O marinheiro quando acorda fica tonto
Com o sacolejo do navio
O marinheiro quando acorda fica tonto
Com o sacolejo do navio
Eu sou cigano, sou da terra, sou do ar
Eu sou cigano, sou da terra, sou do ar
Tenho calo nos meus pés
De tanto caminhar
Uma barraca, uma rede, um litro de cachaça
Um cachorro com fita vermelha no pescoço
Assim como tenho na cintura
Eu danço com a lua, eu danço a noite inteira
Eu danço com os lobos, não sou baiano, eu sou cigano
Eu sou cigano, sou da terra, sou do ar
Eu sou cigano, sou da terra, sou do ar
Tenho calo nos meus pés
De tanto caminhar
Carrego no bolso os meus cristais
E como herança me apontaram a estrada
É tudo que tu tens, é tudo que tu tens
Foram palavras de meus pais
Por tanta terra, por tanto mar
A imensa distância que nos separa
É infinitamente menor
Do que o amor que nos une