Há poucos tempos
Na porta de um ricaço
Que tinha um lindo palácio
No centro da capital

O milionário
Sempre pra esposa dizia
Que não consentia os pobre
A proteção lhe implorá

Aconteceu
No meio da sociedade
Uma velha mendigava
Estendendo a sua mão

Filho de Deus
Te peço por caridade
Pelo nome do sagrado
Um pedacinho de pão

E o ricaço
Respondeu pra velhinha
Vai pedir lá na vizinha
Naquele outro portão

A pobrezinha
Saindo desesperada
Pela fome dominada
Se arrastando pelo chão

E lá chegando
Apertou a campainha
Depressa veio a mocinha
A velha pediu-lhe a mão

Aquele drama
Que todos estavam vendo
A pobre velha morrendo
Sem nenhuma proteção

Mais que depressa
Chamaram a autoridade
Pra socorrer a velhinha
Que acabava de morrer

Antes da morte
Ela disse a toda a gente
Diga a meu filho querido
Pra de mim não esquecer

E o ricaço
Reconheceu a mãezinha
De paixão enlouquecia
Entre soluços e ais

Assim o mundo
É a escola que ensina
O filho que desanima
Desprezando mãe e pai

Composição: Xavantinho