Espero alguém
Que ainda não conheço e nem
Sempre desconheço porque
O eco do que foi
Já era o que será

Seu adeus é um
Eterno regressar ao que
Foi sem me deixar
E retorna por escrito
Para se cantar

A saudade é um parêntese
Numa frase sem plural

Um verso é
Escrita sem palavras ou
Canto sem refrão e o fim
Volta onde começou
Na prosa se versou

Um verso tem
Um pouco do universo e
Por isso é tão plural e assim
Pode se somar
Sem ponto final

Composição: Rafael Senra