La Balada de La Garsa I L'esmerla

A Balada da Gralha e da Esmeralda

La Balada de La Garsa I L'esmerla

Com os pés verdes, os olhos e sobrancelhas negras,Ab los peus verds, los ulls e celles negres,
pena branca, vi uma gralha,penatge blanc, he vista una garsa,
sozinha, sem par, das outras dispersa,sola, sens par, de les altres esparsa,
que ao olhar meus olhos ficam alegres;que del mirar mos ulls resten alegres;
e, ao seu lado, estava uma esmeralda,i, al seu costat, estava una esmerla,
com um tal gesto, as penas e o brilho,ab un tal gest, les plomes i lo llustre,
que não há poeta no mundo tão ilustre,que no és al món poeta tan il·lustre,
que pudesse dizer os louvores de tal pérola;que pogués dir les llaors de tal perla;
e, com doce voz, por arte bem afinada,i, ab dolça veu, per art ben acordada,
cantando e tenor, cantavam tal balada:cant e tenor, cantaven tal balada:

"Do mal que passou não posso me curar,"Del mal que pas no puc guarir,
se não me olharemsi no em mirau
com olhos tais, que eu possa dizerab los ulls tals, que puga dir
que já não lhes agradaque ja no us plau
que eu por vocês tenha que morrer.que io per vós haja a morir.

Se morrer por vocês, então crerãoSi muir per vós, llavors creureu
no amor que lhes trago,l'amor que us port,
e não se pode evitar que não choreme no es pot fer que no ploreu
a triste mortela trista mort
daquele que agora não querem;d'aquell que ara no voleu;
que o mal que passou não pode mais me curar,que el mal que pas no em pot jaquir,
se não viraremsi no girau
os seus olhos, que me querem dizerlos vostres ulls, que em vullen dir
que já não lhes agradaque ja no us plau
que eu por vocês tenha que morrer."que io per vós haja a morir".