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A Voar

Raly Barrionuevo

A Volar

Que tanta libertad puedo desandar
en la lumbre de tu silencio
que tanto grito va descifrando el pan
milagroso de tu secreto
dime que llanto te vio nacer a la realidad
que canción

Vuelvo a besar a tu piel cancionera luz
nombradora de mis veranos
vuelvo en la noche a ser caminante azul
peregrino de tus pecados
dime que siglo te vio crecer que sendero gris que canción

Y en mi llanto te vas a cantar, a volar

Como una voz de sal en tu inmensidad
me despojo de tanta huella
como una sombra mas en la oscuridad
de tus cerros me vuelvo arena
dime que luna me vio volver a tu soledad
que canción

Puedo beber tu voz en aquel rincón
soberano de la inocencia
puedo morir la fe de tu resplandor
y parirla en alguna estrella
dime que nube te amo al llover
que canción

A Voar

Que tanta liberdade posso desandar
na brasa do teu silêncio
que tanto grito vai decifrando o pão
milagroso do teu segredo
diz-me que choro te viu nascer na realidade
que canção

Volto a beijar tua pele de canção, luz
que nomeia meus verões
volto à noite a ser caminhante azul
peregrino dos teus pecados
diz-me que século te viu crescer, que caminho cinza, que canção

E no meu choro você vai cantar, a voar

Como uma voz de sal na tua imensidão
me despojo de tanta marca
como uma sombra a mais na escuridão
dos teus morros me torno areia
diz-me que lua me viu voltar à tua solidão
que canção

Posso beber tua voz naquele canto
soberano da inocência
posso morrer a fé do teu esplendor
e parir isso em alguma estrela
diz-me que nuvem te amo ao chover
que canção

Composição: