La Fragil Locura

A Frágil Loucura

La Fragil Locura

O sangue pulsava nas minhas veiasLa sangre inquietaba en mis venas
E naquele verão eu parti pro nortey aquel verano al norte partí
Pra me esquecer da minha rotinapara olvidarme de mi rutina
E me sentir livre de verdade.y sentirme liberado al fin.
Ver a terra banhada de sol,Ver la tierra bañada de sol,
Respirar o ar nas alturas,respirar aire en las alturas,
Encher o fundo dos meus olhos,llenar el cuenco de mis ojos,
Com o que há de mais frágil na loucura.con lo más frágil de la locura.

Mas a realidade também mostrouPero también la realidad mostró
Outro reflexo nelaotro reflejo en ella
Quando um irmão me falou que também,cuando me habló un hermano al que también,
A marca o levou.me llevó la huella.

"Já que você vai escrever", ele disse,Ya que vas a escribir, dijo,
"Fala do meu povo,cuenta de mi pueblo,
A pobreza e a dor só trouxeram progresso,pobreza y dolor sólo trajo el progreso,
A cultura da traição e os índios nos museus."la cultura de la traición y los indios en los museos.

Ele me convidou a mastigar sua ervaMe invitó a mascar de su hierba
E a morder a pura verdadey a morder de la pura verdad
Me perguntou do que se ocupavam láme preguntó de que se ocupaban allá
Na capitalen la capital
E eu só tive palavras pra definir a injustiçay yo sólo tuve palabras para definir la injusticia
E que só aspiravam ao fruto da própria ganância.y que sólo aspiraban al fruto de la propia codicia.

Por fim, vi a terra banhada de sol,Al fin ví la tierra bañada de sol,
Respirei o ar das alturasrespiré aire de las alturas
E enchi o fundo dos meus olhos,y llené el cuenco de mis ojos,
Com o que há de mais frágil na loucura.con lo más frágil de la locura.

"Já que você vai..."Ya que vas...