Leu a cigana o teu fado
Na palma da minha mão
Tens o destino fechado
Nos muros desta prisão

Mas nem assim tu entendes
Que um dia hás-de ser minha
E juras que não te rendes
Às loas d’uma adivinha

Tu desdenhas do meu beijo
E foges do meu abraço
Se eu digo que te desejo
Dás em fingir embaraço

Mas bem sabes que é escusado
Iludir esta paixão
Tens o teu fado bordado
Nas linhas da minha mão

Composição: Jaime Santos *fado Macau* / Maria Do Rosário Pedreira