Meu bem, você nunca entenderá
O que se passa comigo
Não adianta profetizar
Que para os meus parcos escritos
Não há pedra de roseta
Nem sequer uma estrela
Porém, se acaso você quiser
Atravessar o meu deserto
E por fim me decifrar
Me arrancar o medo
Não se esqueça de me contar
Quais são meus próprios segredos
E a vida vai ter que parar prá gente entrar
Sem dó nem sol, piedade ou mar, pra se afogar
E a vida vai ter que parar prá gente entrar
Minha voz, seu tom, esperar ver eu me curar