Oriunda do séc. Xviii
Um vigário usou a tramoia
Para beneficiar
A instituição paroquiana
Que conduzia no lugar
Mais precisamente em ouro preto
Usou todo o seu lamento
Nossa senhora em devoção
Imagem ali tão desejada
Era a sua intenção
O burrico foi a salvação

Vem daí, arapucas atuais
Promessas vantajosas não cumpridas
Reinventando vigaristas
Na esfera nacional

Assim então
Todo o contexto de desilusão
De lama um mar desordenado
Da ficção para a realidade
O malandro oficial
A vigarice ofuscou a esperança
Viraliza na barganha
Chega desta tal de malandragem
Olho aberto no correto cidadão
Ânimo e fé em forma de oração

Sou São Clemente, minha vida, minha razão
Trago o conto do vigário
Nada hilário folião
Preto e amarelo, cores do meu coração

Composição: Anderson Cachoeira / Beto das Neves / Cesar Barboza / Cosminho 22 / Marco Aurelio