Adeus Ós Dias Dourados
As pedras que dormen nos ríos
As follas que bailan o mencer
As néboas que moran entre nas montañas
O lume que quenta o meu fogar
A nena que corre pola herba
As meigas que voan na medianoite
As novas mensaxes dos corvos
Fai tempo que non din nada bo
As lendas xa son esquecemento
As vellas historias da nosa terra
Onde quedaron as melodías
Aquelas que estremecen o corpo
As veias cheas de augardente
E o corpo valeiro de espírito
Orfos de ledicia e humildade
Adeus os dias dourados
Adeus aos Dias Dourados
As pedras que dormem nos rios
As folhas que dançam ao amanhecer
As névoas que habitam entre as montanhas
O fogo que aquece meu lar
A menina que corre pela grama
As bruxas que voam à meia-noite
As novas mensagens dos corvos
Faz tempo que não dizem nada bom
As lendas já são esquecimento
As velhas histórias da nossa terra
Onde ficaram as melodias
Aquelas que estremecem o corpo
As veias cheias de cachaça
E o corpo vazio de espírito
Órfãos de alegria e humildade
Adeus aos dias dourados