O Camiñante Coxo
Tantas noites cara a choiva
Vento, tronos e faíscas
Pelexando o desacougo
E ollando cara atrás
Son un camiñante coxo
Valeirado e desterrado
E nos altares dos carballos
Fixen o meu lar
Carregando os meus segredos
Musicados e cantados
Camiñando coma un rato
Nas leiras do mañán
Cada dia máis calado
Os soños fican no pasado
Esquecidos os praceres
E o lume do fogar
Mais a senda continúa
Polas fragas das saudades
E os candiles iluminan
Un pasiño máis
Manterei o paso firme
Disfrutando dos solpores
Camiñando cos guerreiros
De hoxe e de mañán
O Caminhante Manco
Tantas noites encarando a chuva
Vento, trovões e faíscas
Lutando contra o desgosto
E olhando para trás
Sou um caminhante cocho
Esvaziado e exilado
Os altares dos carvalhos
Fazem o meu lar
Carregando os meus segredos
Musicados e cantados
Caminhando como um rato
Pelos campos do amanhã
Cada dia mais calado
Os sonhos ficam no passado
Esquecidos os prazeres
E o fogo do lar
Mas o caminho continua
Pelos bosques das saudades
Os candelabros iluminam
Uma paixão a mais
Manterei o passo firme
Desfrutando os pores-do-Sol
Caminhando com os guerreiros
De hoje de manhã