O sol não ilumina a tua tez
Que, de profana natureza
Cega, mesmo entre as trevas
Varo noites a andarilhar
Caminhos de antepassados
Ruínas sagradas do amor que você deixou
(Sem saber, pôs nome na minha rua)
Vultos passam sem cessar
E, sutilmente, chamam o meu nome com fervor

Então, me explica por quê
Eu viraria as costas pra morte poder se aninhar?
(Ao me encontrar)
Cego de olhar pra luz
Incrédulo amante
Perdido entre os próprios passos
E frio como a tarde (sem você!)

Composição: Marcelo Rêgo