Boto En Falta Unha Ilusión
Boto en falta unha ilusión
Que me reconvirta en min
Que, sen querer, me perdín
Pensando que me salvaba
Boto en falta a quen amaba
E aquel tempo que soñei
Estando esperta e pensei
Que de ti me alimentaba.
Boto en falta a túa voz
A túa cara e a alegría
As horas devaluadas
E até a túa covardía
E non son quen de lembrar
As navallas e as mentiras
E non se asenta o rancor
E de min non te retiras.
Hoxe xa non hai dor
Xa non choro berrando
Mais hai medo de sentir
E de non voltar sorrir
E de seguirte esperando
Hoxe xa non hai dor
Non hai sangue brotando
Mais hai medo de sentir
E de non voltar sorrir
E de seguirte esperando
A tristura xa marchou
Colonízame a desgana
Eu que tiña fe pagana
En ser fénix e voar
E coa forza do espertar
Abrazar o vitalismo
Espertei no mesmo abismo
Máis valera non soñar.
Se por volverte bicar
Sucumbise aos meus instintos
Se de todos os delitos
Cometese o de voltar
A fatiga e o penar
Sufriría resignada
Porque vivo condenada
A non poderte olvidar.
Boto Em Falta Uma Ilusão
Echo faltando uma ilusão
Que me reconvirta em mim
O que, sem querer, me perdi
Pensando que me salvava
Boto em falta a quem amava
E naquele tempo que sonhei
Estando acorda e pensei
O que de você me alimentava.
Boto em falta a sua voz
A sua cara ea alegria
As horas desvalorizado
E até a sua cobardia
E não são capazes de lembrar
As facas e as mentiras
E não se assenta o rancor
E de mim não se retira.
Hoje já não há dor
Não choro gritando
Mas há medo de sentir
E para não voltar para sorrir
E seguirte espera
Hoje já não há dor
Não há sangue brotando
Mas há medo de sentir
E para não voltar para sorrir
E seguirte espera
A tristeza já passou
Colonizam a relutância
Eu tinha fé pagã
Em ser fénix e voar
E com a força do despertar
Abraçar o vitalismo
Acordei no mesmo abismo
Mais valera não sonhar.
Se por volverte beijar
Sucumbise meus instintos
Se de todos os crimes
Cometeu o de voltar
A fadiga e cuja pena
Sofreria resignada
Porque vivo condenada
A não poderte olvidar.