395px

Boto Em Falta Uma Ilusão

Sés

Boto En Falta Unha Ilusión

Boto en falta unha ilusión
Que me reconvirta en min
Que, sen querer, me perdín
Pensando que me salvaba
Boto en falta a quen amaba
E aquel tempo que soñei
Estando esperta e pensei
Que de ti me alimentaba.

Boto en falta a túa voz
A túa cara e a alegría
As horas devaluadas
E até a túa covardía
E non son quen de lembrar
As navallas e as mentiras
E non se asenta o rancor
E de min non te retiras.

Hoxe xa non hai dor
Xa non choro berrando
Mais hai medo de sentir
E de non voltar sorrir
E de seguirte esperando

Hoxe xa non hai dor
Non hai sangue brotando
Mais hai medo de sentir
E de non voltar sorrir
E de seguirte esperando

A tristura xa marchou
Colonízame a desgana
Eu que tiña fe pagana
En ser fénix e voar
E coa forza do espertar
Abrazar o vitalismo
Espertei no mesmo abismo
Máis valera non soñar.

Se por volverte bicar
Sucumbise aos meus instintos
Se de todos os delitos
Cometese o de voltar
A fatiga e o penar
Sufriría resignada
Porque vivo condenada
A non poderte olvidar.

Boto Em Falta Uma Ilusão

Echo faltando uma ilusão
Que me reconvirta em mim
O que, sem querer, me perdi
Pensando que me salvava
Boto em falta a quem amava
E naquele tempo que sonhei
Estando acorda e pensei
O que de você me alimentava.

Boto em falta a sua voz
A sua cara ea alegria
As horas desvalorizado
E até a sua cobardia
E não são capazes de lembrar
As facas e as mentiras
E não se assenta o rancor
E de mim não se retira.

Hoje já não há dor
Não choro gritando
Mas há medo de sentir
E para não voltar para sorrir
E seguirte espera

Hoje já não há dor
Não há sangue brotando
Mas há medo de sentir
E para não voltar para sorrir
E seguirte espera

A tristeza já passou
Colonizam a relutância
Eu tinha fé pagã
Em ser fénix e voar
E com a força do despertar
Abraçar o vitalismo
Acordei no mesmo abismo
Mais valera não sonhar.

Se por volverte beijar
Sucumbise meus instintos
Se de todos os crimes
Cometeu o de voltar
A fadiga e cuja pena
Sofreria resignada
Porque vivo condenada
A não poderte olvidar.

Composição: Sés Maria Xosé Silvar