Non Se Me Ocorre
Canta verdade pode conter unha resposta
que se dá sen pensar?
Cantos reloxos poden medir o tempo que
non che souben adicar?
E sen pedir por escenas de amor nen pasear
por mundos de regaliz
Canto imaxino morrer con alguén...
Non se me ocorre outro que non sexas ti
Cantas palabras hei de cuspir para vomitarte
e aliviar este ardor?
Cantos abrigos, canto vapor, para suar a febre sen inxeccións?
E sen lisérxicos que sirvan de tren, nin
psicotrópicos de hippie feliz
Cando imaxino voar con alguén...
Non se me ocorre outro que non sexas ti.
E suspiro e lembro aqueles días
En que o universo limitaba con nós
En que despegaba se tí te rías
En que velaba sempre a túa voz.
Cantas materias hei de cursar para
aprender a esquecer o que vivín?
Cantas caídas, cantas lesións, que leven
todo fotograma de aquí?
E sen vivir nun bolero nin ser
a diva histriónica que clama a súa fin
Cando abandono o chan por alguén...
A inspiración do drama...sempre es ti.
E dúrmome e lembro aqueles días
En que a fronteira a debuxaba un colchón
En que un pixama era a túa pel contra a miña
En que todo o que sumaba daba dous.
Não me ocorreu
Quanta verdade pode conter uma resposta
que se dá sem pensar?
Quantos relógios podem medir o tempo
não soube dedicar?
E sem pedir por cenas de amor nem andar
por mundos de alcaçuz
Quanto imagino morrer com alguém ...
Não me ocorre outro que não seja você
Quantas palavras tenho de cuspir para vomitarte
e aliviar o ardor?
Quantos abrigos, quanto vapor, para suar a febre sem injeções?
E sem lisérxicos que sirvam de trem, nem
psicotrópicos de hippie feliz
Quando imagino voar com alguém ...
Não me ocorre outro que não seja você.
E suspiro e lembro daqueles dias
Em que o universo limitava-nos
Em que despegaba se você te rias
Em que velava sempre a sua voz.
Quantas matérias devo estudar para
aprender a esquecer o que vivi?
Quantas quedas, algumas lesões, que levem
todo quadro de aqui?
E sem viver em um bolero ou ser
a diva histriônica que clama a fim
Quando abandono o chão por alguém ...
A inspiração do drama ... sempre é você.
E dúrmome e lembro daqueles dias
Em que a fronteira a desenhava um colchão
Em que um pijama era a sua pele contra a minha
Em que tudo o que somava dava dois.
Composição: Sés Maria Xosé Silvar