Nespodobno opravilo
Strah v slovo duši libero zaspi
in v temi nad rjuho udari v glavo.
Spet v nedogled ena misel tli,
vžge jo Njena biti, me nagovori.
Brez vsake dlake na jeziku sam,
ji solze na obrazu brišem in izdam
demo ji plan:
Lep kozarec in notri vino,
roka mi za vrat drsi,
naj se dere, naj nori,
ve zakaj prišla je, zakaj prišla je.
A ne vidim kar se zdi, kot v megli.
V dan izgine tema, naju ne izda,
objeta sredi sobe vidiva le dva.
Dva, ki svojo senco mečeta v svet,
ki za oba nastaja, ko se dela spet
plan za novi dan:
Lep kozarec in notri vino,
roka mi za vrat drsi,
vse to vidi le spomin,
le spominu daje, spominu daje.
A ne vidim kar se zdi, kot v megli.
In derem se naglas, plezam na drevo,
v momentu padem dol, naj ponovim:
še enkrat derem se naglas, plezam na drevo,
na vrhu že sedim, ko naju vidim in v rokah:
Lep kozarec in notri vino,
roka že za vrat drži,
tisto, kar rosi oči,
slika najina je, le najina je.
Vse zaman, vse zaman, vse zaman...
Vse zaman, vse zaman...
A ker ne vidim, kar se zdi, le mislim si.
Trabalho Indecente
Medo em palavras, a alma se entrega e dorme
E na escuridão, um golpe na cabeça.
Mais uma vez, uma ideia se apaga,
Ela me provoca, me faz querer.
Sem rodeios, eu falo direto,
Limpo as lágrimas do rosto e confesso
O plano pra ela:
Um belo copo e dentro vinho,
Minha mão desliza pelo pescoço,
Que grite, que surte,
Sabe por que veio, sabe por que veio.
Mas não vejo o que parece, tudo embaçado.
No dia, a escuridão se vai, não nos entrega,
Abraçados no meio do quarto, só nós dois.
Dois que projetam suas sombras no mundo,
Que se forma pra nós, enquanto fazemos de novo
O plano pro novo dia:
Um belo copo e dentro vinho,
Minha mão desliza pelo pescoço,
Tudo isso só é lembrança,
Só dá ao passado, dá ao passado.
Mas não vejo o que parece, tudo embaçado.
E eu grito alto, subo na árvore,
Num instante caio, deixa eu repetir:
Mais uma vez eu grito alto, subo na árvore,
No topo já estou, quando nos vejo e nas mãos:
Um belo copo e dentro vinho,
A mão já segura o pescoço,
Aquilo que brilha nos olhos,
É a nossa imagem, só nossa.
Tudo em vão, tudo em vão, tudo em vão...
Tudo em vão, tudo em vão...
Mas como não vejo o que parece, só imagino.