Mesmo que a fonte seque
E a inspiração se esconda
Ou passeie na esquina
Suma ao fazer sua ronda
Quero a música na alma
E a canção no coração

Mesmo que o poema
Seja curto e seco
E o verso aluda
À dor, à aridez
Quero ter no peito, a rima
Que remete para cima
E retorna em energia de inspiração
Quero olhar o horizonte
E enxergar, de novo, a fonte
Que me fez deitar primeiro
Em rede de paixões

Derramar alívio nos escritos tantos
Que fazem do poeta ilusionista
Em mágicas de um mundo encantador

Quero, ao ver o declinar do sol da vida,
O despejar de versos em expressões tão surreais
Que seja, para muitos, colo certo, desabafo
Sintonia, expressão, canção e mutação

Composição: Ana D'Araújo / Silvestre Kuhlmann