Léo:
Babilônia escrachada e nua, rua manchada
Mulher que insinua, calada
Maldade de pelúcia, ser humano
Pra tudo de ruim, astúcia no plano
Da angústia vê os mano, que insano
No ódio, vendo os covarde no pódio
Mil grau, vagabundo. Cobrando as vida do mundo
Receio de mudança, no seio da mulher
Esperança, que chora, machuca
O olhar da senhora caduca, cutuca, sufoca
Maloca que troca uma cota no bang, dá o sangue
Que gangue é família, quadrada que brilha
Lanterna pra trilha, a quebrada é você!
Ferro queima a virilha de você, e os que com você, vão que vão
Passando nos vão. Por ser bem loko de são
Não vê, que é só impressão, tio. Justiça na mão
Poder de iludir, radical pra instruir, pra você ver, que castelo
Matar por um nike e morrer de chinelo
Seu elo com a carne que traz esse aval, pro mal que você faz
Mas tô pela paz - Surreal dando a voz
Tá aí pa quem quer, e pode pá não é pra nós!

Neto:
Largando o dedo, levando o medo e a desgraça
Que suja alma, na ilusão de estar lavando a carcaça
Dia de caça, é todo dia, pra minha raça!
Já que motivo não falta, e a rotina é devassa
A doutrina regaça entusiasta de emoção
Sofrendo nos desapego, morrendo pras depressão
Loko são, com a sensação do controle da situação
Iludidão, mas é o que capacita pra função
Solo fértil em crise é a mente do vilão
Foco pra se manter iludido já que errou na decisão
É a solução, e olha que fita, leva à enfermidade
Buscar no vício e vaidade as chave dessa prisão
E no fundo é foda vê, você tenta não acreditar
Fingir tá se enganando, pra assim poder se enganar
Se submeter, se subjulgar. Durante sofrer, final se frustrar
Se acostumar a conviver nem sempre é aprender a lidar
Mas eu sou mais um não querendo pensar no amanhã
Vagando na Babilônia, em busca de Canaã

Composição: Leo / Neto