395px

Livre

Sofia Ellar

Libre

Hoy he tirado mi barco por la ventana
Hoy que van finos los dardos de mi diana
Ahora me pitan los coches en la embajada
Unos lo llaman derroche, yo ando callada

Libre, voy caminando despacio pero llegaré
Libre, ay, si me cortan la mano de pie me tendré
Libre, si esta es la vida que un día yo quise tener
Libre, voy caminando despacio, pero llegaré
Libre, libre

Antes la deuda pendiente no me sumaba
Es lo que tiene vivir de alma privada
Y ahora me pitan los coches en la barriada
Entre dos mundos de locos
Me siento de nadie, me quedo callada

Libre, voy caminando despacio pero llegaré
Libre, ay, si me cortan la mano de pie, me tendré
Libre, si esta es la vida que un día yo quise tener
Libre, voy caminando despacio, pero llegaré
Libre, libre

Libre
Libre
Libre
Libre

Hoy he tirado mi barco por la ventana

Livre

Hoje joguei meu barco pela janela
Hoje que os dardos da minha mira estão finos
Agora os carros estão buzinando na embaixada
Uns chamam de desperdício, eu fico calada

Livre, vou caminhando devagar, mas vou chegar
Livre, ai, se me cortarem a mão, de pé eu vou ficar
Livre, se essa é a vida que um dia eu quis ter
Livre, vou caminhando devagar, mas vou chegar
Livre, livre

Antes a dívida pendente não me afetava
É o que dá viver com a alma aprisionada
E agora os carros estão buzinando na quebrada
Entre dois mundos de malucos
Me sinto de ninguém, fico calada

Livre, vou caminhando devagar, mas vou chegar
Livre, ai, se me cortarem a mão, de pé eu vou ficar
Livre, se essa é a vida que um dia eu quis ter
Livre, vou caminhando devagar, mas vou chegar
Livre, livre

Livre
Livre
Livre
Livre

Hoje joguei meu barco pela janela

Composição: