Existe uma bela dançarina
bem no topo da Pirâmide
Ela te enfeitiça
te joga lindas rosas
cujos espinhos envenenados
ninguém pode ver

Os Arquitetos a colocaram lá
enquanto todos dormiam
E quando os olhos forem abertos
O Pesadelo começará

A teia maldita se expande
tenta transformar o medo em segurança
Se o cheiro da ignorância te confundir
suas vísceras serão o prato principal

O plano covarde já foi traçado
Suas artérias foram sondadas
O cálculo da aflição está pronto
Todas as sentenças já foram dadas

Os tentáculos estão estendidos
esperando pelo teu pranto
Roubarão a tua vontade
Os Arquitetos do Falso Encanto

Quando for atravessar
olhe bem para os lados
É o que querem que você faça
As pedras virão de cima
O que está embaixo é apenas carcaça

Suas dúvidas são como vermes
que comem o teu cérebro
Medo, ódio e inveja
você morto pela própria peçonha

Dentro de cada um existe um vazio
que é do tamanho do infinito
Os Arquitetos conhecem a equação
que te fará para sempre um zumbi

O orgulho é uma armadura
feita com caixa de papelão
Do topo da Pirâmide só um olho vê
mas muitos são os fracos que cairão

A bela dançarina continua por lá
seu veneno é infinito
Quando a dança terminar
será o início do conflito

O cálculo está sendo feito
O Mito será o Encanto
Seu vazio eles tentam preencher
Os Arquitetos do Falso Encanto

Composição: Bruno Aires