Já se foi a época
Em que meus olhos brilhavam
Ontem te vi bela
Deslumbrante
Hoje apenas um espaço vago no tempo

Você foi a prostituta
Que me tirou a inocência
O veneno inoculado
Que parou o coração

Enquanto você planeja
Como ter minha cabeça como premio
A morte silenciosamente
Vai afiando sua foice

Quando tento te enxergar
Novamente as trevas vêm a mim
Graças ao seu fracasso
Hoje sou eu a sombra
Que aparece em sua janela à noite

Você me deu prazer
Minha alma enlouquecia
Quando ouvia a tua voz sussurrando
Dizendo que me pertence

Lembro de teu olhar sobre mim
Me desejando de uma forma tão forte
Que o próprio demônio sentia ciúmes de você
Foi pega pela própria armadilha
Pois sou eu quem você ama

Você foi a prostituta
Que me tirou a inocência
O veneno inoculado
Que parou o coração

Enquanto você planeja
Como ter minha cabeça como premio
A morte silenciosamente
Vai afiando sua foice

Espero que já tenha onde se enterrar
Pois o deus da guerra vem
E ele não vai querer saber o teu nome
Ontem te admirava
Hoje sinto pena
Pois seu encanto está chegando ao fim

Meu sangue não pode ser mais a sua ambição
Meus olhos não brilham
Mas as vezes eu ainda pergunto
Se meu corpo ainda te deseja
Se vale a pena te proteger

Será que o teu feitiço acabou ?

Composição: Bruno Aires