Olha o carreiro, boi, olha o carreiro
Chapéu e poncho é a arma do tropeiro
Vamo marchando, boi, vamo marchando
Quem deixa o pago tropeia chorando

A tropa marcha num tranquear sereno
Tropeiro bueno gosta de cantar
(Começa cedo a engolir distância
Naquela ânsia de poder chegar)
A tropa marcha num tranquear sereno
Tropeiro bueno gosta de cantar
(Começa cedo a engolir distância
Naquela ânsia de poder chegar)

O boi brasino, que perdeu as contas
Das madrugadas que ajojado foi
(Segue na frente do corpo da tropa
Cumprindo a triste sina de ser boi)
O boi brasino, que perdeu as contas
Das madrugadas que ajojado foi
(Segue na frente do corpo da tropa
Cumprindo a triste sina de ser boi)

Olha o carreiro, boi, olha o carreiro
Chapéu e poncho é a arma do tropeiro
Vamo marchando, boi, vamo marchando
Quem deixa o pago tropeia chorando

O boi de canga, companheiro e tanto
Que ajojado era lavrador
(Remoendo a vida, revolvendo a terra
Para ganhar, por fim, o matador)
O boi de canga, companheiro e tanto
Que ajojado era lavrador
(Remoendo a vida, revolvendo a terra
Para ganhar, por fim, o matador)

Jornada dura, que fazer agora
Onde o destino manda sem pedir
(É ajoelhar-se para a carneadeira
Com o direito apenas de mugir)
Jornada dura, que fazer agora
Onde o destino manda sem pedir
(É ajoelhar-se para a carneadeira
Com o direito apenas de mugir)

Olha o carreiro, boi, olha o carreiro
Chapéu e poncho é a arma do tropeiro
Vamo marchando, boi, vamo marchando
Quem deixa o pago tropeia chorando

Composição: Telmo de Lima Freitas