Estou correndo no relógio, os ponteiros marcam dez
Tenho pressa vou voando, ainda chego antes do sol
Ainda vejo no celular em minhas mãos
A imagem diluída de um momento que passou
Temos tempo vou correndo, tenho o vento a meu favor
Penso séculos de vida, ondas feitas de sinais
Tenho pressa vou correndo, nos escombros do final
Na destruição dos castelos de vidro
Na destruição dos sonhos de fumaça
Bicho de cera, pele de bicho
Ódio ardendo em dor invisível
Seus dentes que ferem na alma dos dias
De pura maldade te tiram do tempo
Te tiram da vida te fazem formiga
Você é nada
Pra sempre é agora, o futuro foi ontem

Composição: Artur Ribeiro